Usuário pode simular como é ser um sacerdote em 28 religiões
por Jarbas Aragão
Aplicativo para iPhone simula ordenação de sacerdotes
Todos os proprietário de um iPhone que já pensaram alguma vez em ser um
sacerdote religioso, agora podem ter uma ideia de como ficariam no papel de um
padre, rabino ou imã.
O pastor Tony Jones, responsável pela igreja Pórtico de Salomão , em
Minneapolis, Minnesota, é o criador desse aplicativo, ou “app”, que permite aos
usuários visualizar como seria a ordenação em 28 tipos de religiões.
O aplicativo chama-se Ordain Thyself [Ordene a si mesmo], não oferece as
credenciais legítimas para seus usuários. É mais um tipo de brincadeira, pois
permite que a pessoa encaixe uma foto sua em vestes religiosas
características.
Jones, que é um pastor evangélico ordenado, afirma que decidiu criar o
aplicativo para combater o que ele classifica como “uma incapacidade dos líderes
religiosos rirem de si mesmos e de suas religiões”.
“A religião é algo sério com certeza”, disse Jones à CNN. “Mas poderia usar
um pouco mais de humor para nos animar”. Autor de livros sobre o Movimento da
Igreja Emergente, ele diz que, em geral, a reação das pessoas tem sido positiva,
pois podem ter uma visão breve e bem-humorada do mundo das religiões. Além das
fés mais conhecidas como islamismo, cristianismo e judaísmo, o aplicativo simula
imagens ligadas a várias religiões da ficção, como a religião klingon da série
“Star Trek”, o “Dudeismo” inspirada no filme “O Grande Lebowski” e a “Igreja do
Monstro de Espaguete Voador”, criada pelo ateu Bobby Henderson em 2005.
Porém, os críticos discordam. Uma pastora luterana acusou Jones de
menosprezar o processo de ordenação, que geralmente requer anos de estudo e
trabalho duro.
Jones rebate, dizendo que cursou um seminário durante três anos e ressalta
que a ordenação pode ser um processo caro em muitas formas de fé. Enquanto
outras permitem que os praticantes sejam ordenados online, com um esforço mínimo
e uma pequena taxa.
Embora o programa se defina como “um produto de entretenimento”, Jones espera
que seus usuários possam aprender mais sobre as religiões do mundo quando o
usarem.
Johnnie Moore, vice-presidente da Liberty University, acredita que o
aplicativo vai apenas contribuir para uma visão estereotipada desses sistemas de
crenças. Dizendo-se um defensor do uso da tecnologia para alcançar as pessoas
de fé, Moore acredita que o app pode ser útil. “A contribuição deste aplicativo
e de outros similares é que eles podem ajudar a se começar uma conversa sobre
fé. Isso é sempre valioso”, finaliza.
No website do
aplicativo, Jones e sua equipe respondem a seus críticos dizendo que os usuários
que sentiram-se ofendidos simplesmente não precisam usar o programa.
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