Estudo








As bodas do Cordeiro
            Os acontecimentos das Bodas, festa para os santos que lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro Ap.1.5,9; 7.14; 12.11 Cristo volta como o rei triunfante Ap.19.11-16.
A Igreja é chamada de esposa de Cristo por já estar comprometida com Ele.
            As Bodas do Cordeiro serão o ponto alto do encontro de Cristo e sua Amada, será a Festa mais linda de todos os tempos relatada nas Escrituras Sagradas, mostrará a expressão máxima de interligação entre a noiva e o Cordeiro.
dez virgens – responsabilidade da espera da vinda de Cristo Mt.25
As virgens são dez jovens que serviam como damas de honra para junto com a noiva irem ao encontro do esposo, isso era comum nos casamentos judeus. Vejamos algumas verdades nesta parábola:
1)      O propósito das virgens
Foi o de se encontrarem com o esposo- sem dúvida um único propósito. E quais são os nossos propósitos,  o que mais nos preocupa? quais são as nossas aspirações?

2)     A prudência das virgens
Notemos que havia aparente semelhança exterior entre elas, mas fundamental diferença íntima. Cinco prudentes, cinco loucas.

3)     A preparação das virgens
Para se encontrarem com o esposo era necessário ter azeite nas lâmpadas e também Ter uma reserva para um incidente de demora da cerimônia : uma figura de vida cheia do Espírito Santo não só em um exato momento mas em toda a época de espera, pois caso o noivo demore este não faltará. Qual é o preparo de que nós necessitamos, temos azeite em nossas lâmpadas, estamos preparados caso o NOIVO demore Mc.13.35?


4)     A paciência das virgens
Houve uma demora inesperada, como também parece acontecer com a Segunda vinda de Cristo; e essa demora serviu para revelar  a prudência das virgens. O decorrer dos anos descobre em nós, o quê?



5)     O prêmio das virgens prudentes
Foi entrarem no gozo do noivo. Há galardão para o crente em Cristo, pois gozará futuramente a companhia do seu Senhor.

6)     O prejuízo das virgens loucas
Foi  a perda de toda essa alegria. O remorso por bênçãos perdidas pode ser um dos principais castigos do impenitente.

7)     A lição da parábola é:
“vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora” Mt.25.13
Efeitos dessa vigilância:
·        guardar-nos de demasiada preocupação com interesses atuais;
·         preservar do desânimo que poderia resultar das provocações do momento;
·        inspirar –nos com grande esperança para o porvir;
·        preocupar-nos com o Cristo, não como sofredor, mas como Rei vindouro.

Devemos amados irmãos, guardar em nossos corações a promessa da vinda do Senhor, pois Jo.14.1-3 Ele nos fala que na sua glória há muitas moradas e que Ele iria nos preparar lugar e viria outra vez. Esta esperança era a de todos os crentes do Novo Testamento e de igual modo, a de todos os crentes de hoje. O propósito supremo da volta do Senhor é Ter os crentes com Ele para sempre.
Então a parábola em apreço ressalta o fato que todos os crentes devem constantemente examinar sua vida espiritual, tendo em vista a vinda de Cristo num tempo desconhecido e inesperado. Devemos perseverar na fé, para que uma vez chegado o dia e a hora, sejamos levados pelo Senhor na sua volta v.10. Estar sem comunhão pessoal como o Senhor quando Ele voltar, significa ser lançado fora da sua presença e do seu reino.
1.      O que faz a diferença entre o néscio e o sábio é aquele (louco) não reconhecer que o Senhor ao voltar, virá num tempo em que não é aguardado, nem procedido de sinais visíveis específicos v.13.
2.      Cristo mostra em Lucas 18.8 que uma grande parte dos crentes estará despreparado no momento da sua volta vv.8-13. Cristo deixa claro que Ele não vai esperar até que todas as igrejas locais estejam preparadas para sua vinda.
3.      Nota-se que todas as virgens (tanto as prudentes, como as loucas) foram surpreendidas, ao vir o noivo vv.5-7, isto nos lembra o que disse Jesus:
“O que Eu digo, digo a todos, vigiai!!! Mc.13.37.

I – Relação entre Cristo e Sua Igreja.
            Vemos no Novo Testamento o Senhor Jesus tendo um relacionamento de grande intimidade com a comunidade de crentes que Ele chamou para fora do mundo (Igreja), e passou a Ter um relacionamento especial.
            Ele, o Senhor fala na sua Palavra que edificaria a Sua Igreja e as portas do inferno não conseguiriam ficar firmes diante dEla Mt.16.18.
            Quando Ele sabe que seu tempo de partida está próximo começa a Ter reuniões com os participantes da Igreja – Os apóstolos e dá-lhes conselhos e promessas que os ajudarão por toda esta vida.
            Isto mostra que o Senhor Jesus amava de uma maneira soberana os seus (que iniciavam o Grande Corpo místico – Igreja 1Co.12.27) e queria lhes orientar para que nada de mal acontecesse depois que Ele houvesse partido.
_ Jesus revelou-lhes que iria morrer Mt.17.22,23; 20.18; 26.2,45
_ Disse-lhes que ressuscitaria Mt.16.21; 17.23; 20.19 e, que não os deixaria órfãos Jo.14.18.
_ Faz-lhes promessas de voltar e buscá-los Jo.14.1-3 e At.1.11.
_ Intercede junto ao Pai por Eles – representantes da Igreja que se inicia Jo.17 e faz outras considerações Jo.14,15,16 e At.1.8.
            Seu relacionamento com a Igreja é tão estreito que muitas vezes a Bíblia usa a expressão – que os crentes são o Corpo de Cristo e seus membros em particular 1Co.12.27.
            Quando se encontra com Saulo no caminho de Damasco, pergunta-lhe: “...Por que me persegues...” At.9.4
            Nos tempos bíblicos o noivado era já um passo sério e certo para o casamento, estando ambos – homem e mulher comprometidos um com o outro de maneira tal que se um dos dois violasse esse pacto era considerado traidor, ou seja adúltero. Isto mostra-nos que Jesus tem um relacionamento de fidelidade com a Sua Igreja aguardando o mesmo desta.
            A Igreja na condição de noiva – esposa já por comprometimento é mostrada na Bíblia como formosa em vários aspectos.
            Pergunta o escritor de cantares:
“Quem é esta que é formosa como a lua? Ct. 6.10. Esta “a formosa” é a esposa do Cordeiro, que está ataviada (adornada, enfeitada, ornada) para seu marido Ap. 21.2
            A noiva do Senhor é gloriosa Ef.5.27, sem mácula nem ruga, nem coisa semelhante. Ela está adornada de santidade Ex.28.36; Sl.93.5; Rm.1.7; 16.6, dons espirituais 1Co.12 poder At.1.8; 2; Graça Jo.1.16,17, Compaixão Lc.15.20 Vida Jo.3.15,16; 6.40; 5.24; 6.47; 11.25; 1Jo.5.12, Fruto do Espírito Gl.5.22, Amor 1Co.13, etc.
            a Igreja que começa a precisar de ornamentos mundanos para parecer formosa diante do seu  Senhor, revela que de fato está perdendo o contato com Ele Ap.3.14-22, e precisa apressar para mudar as coisas pois se não pode ser considerada adúltera e desprezada pelo seu marido Tg.4.4, que sempre lhe mostra fidelidade.

II – As Bodas no Oriente (entre os Judeus)
            Para entendermos bem as verdades espirituais que o Senhor Jesus quer nos mostrar em Mt.25.1-13, sobre a Festa das Bodas entre a Igreja e Ele, precisamos conhecer os tempos bíblicos na Palestina e veremos como era realizado ali um casamento (bodas) só assim compreenderemos as verdades eternas descritas nesta Parábola.
            O casamento dos tempos atual não se parece em nada com os do tempo de Cristo e de seus primeiros discípulos (colocar no quadro, características do casamento atual).
Vejamos alguns aspectos importantíssimos desse evento:
            O noivado na nação de Israel durava mais ou menos (um) ano (que era chamado de período de suspiro) em que os nubentes aguardavam ansiosos por poderem se unir e assim coabitarem formando uma família.

Dez dracmas – vigilância àquilo que o noivo entregou
A noiva mantinha-se sempre alerta e parece que era costume dar-se a moça(noiva) um colar com 10 moedas romanas (dracmas) que era colocado em seu pescoço, seu cuidado com o colar de moedas para que nenhuma delas sumisse mostrava o seu zelo e grande desejo por seu noivo e, caso acontecesse de o colar ou alguma(s) moeda(s) desaparecer(em), isso era considerado como traição e dava ao noivo o direito de terminar com o compromisso, sendo a noiva considerada infiel e vista com o maior desprezo. Foi por isso que na parábola da dracma perdida a mulher acendeu uma candeia, varreu toda a casa e quando encontrou a moeda convidou todas as amigas (vizinhas) para se alegrarem com ela 15.8,9.

            Chegava o dia do casamento, o banquete já estava preparado Lc.14.15,17; Ap.19.7. É interessante notar que quem preparava toda a festa não eram os pais da noiva como nos nossos dias e sim, a família do noivo, segundo o que também se sabe, o encontro dos noivos acontecia à noite.
            O noivo saía de sua casa com um grande número de convidados até certo lugar (vale entender que ele não ia à casa da noiva) lá ela aguardava.
            Enquanto isso 10 virgens se aprontavam juntamente com a noiva. Por ser o encontro à noite todas as damas deveriam Ter em suas mãos lâmpadas para poderem clarear o caminho.
            Nesse tempo, parece que, um amigo da família do noivo, conhecido da família da moça vinha anunciar a chegada do rapaz, sendo assim, a noiva e suas damas saíam para  se encontrarem com o Amado, sendo conduzia (a noiva e sua comitiva) pelo amigo do noivo Gn.24.58-67.
            Depois do encontro a noiva era conduzida pelo esposo até sua casa e lá era realizada a festa das bodas, que duravam no mínimo 07 (sete) dias.
            Veja como tudo isso nos lança luz sobre o acontecimento da Vinda do SENHOR, pois, 1Tes.4.16,17, diz:
            O mesmo Senhor descerá do céu com alarido – será o Noivo vindo com uma grande comitiva de sua casa.
            Ouvirá a voz do arcanjo e será ressoada a trombeta de Deus – será o Grito da “meia-noite”  Aí vem o Esposo! Saí-lhe ao encontro! Mt.25.6
            Mortos ressuscitados e vivos transformados serão unidos e levados pelo Espírito Santo (amigo do noivo) a encontrar o Senhor nos ares – será a noiva deixando sua casa e indo até onde está o seu desejado, conduzida pelo amigo do noivo e conhecido  dela para um local que não é sua casa, mas também, não é a casa do noivo – ares Gn.24.62-67. Este acontecimento se dará a meia-noite espiritual do mundo. Meia Noite significa:
1.  Hora em que todos dormem “e tardando o esposo cochilaram todas e adormeceram” Mt.25.5;
2. Marca o momento divisório de um final de dia para o início de outro; Mc.13.35
3. A Igreja aguarda o raiar de um novo dia Ap.22.1-5;
1.      Mostra-nos que as lâmpadas devem estar acesas, abastecidas e com azeite de provisão;
2.      A ida para a Casa do Noivo,  “As mansões celestiais”, onde a Grande Festa já está preparada e a mesa já está posta Lc.14.17.

Autor: Ailton Henrique de Queiroz - Evangelista
Presidente da AME - Associação  Missionária e Evangelística 2011/2012
Superintendente Geral da EBD - Assembleia de Deus - Ministério de Além Paraíba - MG
Bacharel em Letras/Inglês
Bacharelando em Teologia pela FAETAD

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