Pesquisa indica casos chocantes de banalização do procedimento que dá fim a vida de bebês
por Jussara Teixeira
Um relatório feito na Grã Bretanha destinado ao
parlamento inglês revelou que os procedimentos de aborto realizados para
preservar a vida da mãe corresponderam a 0,006 % do total realizado no
país.
A lei que permite o aborto no país foi criada justamente para
contemplar a possibilidade de salvar a vida das mães cuja gravidez
ameaçasse sua vida. Porém, segundo o membro da Câmara dos Comuns, David
Alton, depois de 6,4 milhões de abortos realizados no país, os números
revelam que em 99,5 % dos casos em que a vida de um feto foi finalizada
não havia risco para a saúde da mãe.
De acordo com o site WND, do total de abortos realizados, apenas 143
se enquadraram nos termos do Artigo 1, que se refere à preservação da
vida da mãe. Os outros evidenciam que o procedimento foi realizado por
motivos que envolveram algum tipo de escolha da mãe. “A sociedade
precisa reavaliar a presunção de que o fim da vida de um nascituro é
meramente uma questão de escolha”, diz Alton.
Para ele, a matança simplesmente saiu do controle. Ele cita o elevado
número de adolescentes submetidos a abortos múltiplos. Alerta também
para os profundos efeitos psicológicos que podem trazer à mulher.
“Apesar disso, pouco tem sido feito para ajudar aqueles que passaram por
esse processo, que implica em sofrimento e angústia em uma fase em que
nem sempre atingiram a maturidade emocional suficiente”, ressalta.
Ele citou o chocante um caso em que os formulários para três
adolescentes totalizaram a soma de 24 abortos. “Atrás de cada
estatística há um coração batendo e precisamos nos lembrar que ao final
de cada uma destas seis milhões de vidas existe uma tragédia”, disse
ele.
Outro dado espantoso divulgado pelo The Telegraph é que algumas
mulheres decidem abortar quando descobrem que o sexo do bebê não era o
que esperavam.
Outra revelação é que médicos de 14 hospitais assinam formulários em
branco que mais tarde seriam usados para justificar abortos.
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