terça-feira, 28 de agosto de 2012

Pastor nigeriano condena a ação do governo para barrar os ataques do Boko Haram

O líder religioso propõe usar autoridades islâmicas que tenha influencia junto aos extremistas para clamar pela paz no país
por Leiliane Roberta Lopes
  
 Pastor nigeriano condena a ação do governo para barrar os ataques do Boko Haram
O presidente nacional da Associação Cristã da Nigéria (CAN, sigla em inglês), pastor Ayo Oritsejafor, participou de uma entrevista coletiva na semana passada para falar sobre os constantes ataques que o grupo de extremistas islâmicos, Boko Haram, tem feito em seu país.
Para o líder cristão não poderá haver diálogo com os terroristas enquanto inocentes continuarem morrendo. “Antes que possamos falar em diálogo, tem de haver regras. Pessoas estão morrendo todos os dias, como resultado dos ataques do Boko Haram; mas o governo federal está optando por diálogo somente, isso é muito intrigante para mim”.
A entrevista aconteceu em Akure, capital do Estado de Ondo, ali o presidente da CAN pode mostrar suas opiniões a respeito dos conflitos religiosos instalados no país. Oritsejafor afirma que o Boko Haram nunca escondeu que suas intenções eram acabar com o cristianismo na Nigéria, tanto que eles chegaram a intimar o presidente cristão Goodluck Jonathan para que ele se tornasse muçulmano caso contrário teria que renunciar ao cargo.
“O grupo se baseia em um fundamentalismo religioso que não condiz com a Constituição da Nigéria. A questão não é que alguns são contra o diálogo, mas sim, se houver diálogo com os insurgentes, Boko Haram deve primeiro suspender suas ações de violência”, diz o pastor.
A proposta dele é convencer líderes muçulmanos que tenham influência junto aos membros do Boko Haram. “A situação poderia ser amenizada se líderes relevantes ligassem para os xeques e imames respeitados pelos membros do Boko Haram e lhes pedisse para falar aos extremistas sobre a importância da paz e do progresso da nação”, argumentou.
Nigéria: país islâmico de maioria cristã
Em seu discurso o pastor Ayo Oritsejafor também criticou o ministro de Estado das Relações Exteriores, Mohammed Nurudeen, que categorizou a Nigéria como uma nação islâmica, de maioria cristã.
Sua crítica está baseada na falta de um censo que possa afirmar de fato a quantidade de pessoas declaradamente cristãs ou muçulmanas, por esse motivo a fala do ministro não está correta. O presidente da CAN pede que Nurudeen se explique para a população, mostrando as fontes que o fizeram afirmar tal dado.
No dia 22 de agosto governadores de 19 estados no Norte da Nigéria instalaram uma Comissão de Reconciliação, Paz e Segurança, em Abuja, para tentar criar um diálogo com os grupo identificados e assim tentar impedir novos ataques a cristãos.

Com informações Portas Abertas

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