Lutador amador de 30 anos morre após lutar na Carolina do
Sul. É a segunda vez neste ano que os golpes violentos da modalidade
provocam tragédia nos EUA
Da redação
redacao@folhauniversal.com.
Mais
uma luta de MMA terminou em morte no último sábado, nos Estados Unidos.
O lutador amador de artes marciais mistas (MMA) Tyrone Mimms, de 30
anos, teria sofrido uma parada cardíaca no vestiário, após ser derrotado
pelo compatriota Black Poore. Mimms fez a segunda luta do evento
“Conflict MMA”, em Mount Pleasant, na Carolina do Sul. Segundo o site
“MMA Fighting”, o atleta foi levado inconsciente para o Medical
University Hospital, onde foi declarado morto. A primeira autópsia teve
resultado inconclusivo. Exames mais minuciosos serão feitos e a causa da
morte de Mimms deve sair entre 6 e 8 semanas, de acordo com o site
“MMAjunkie”.
As primeiras informações sobre ele foram
divulgadas no “Twitter” por uma lutadora que também competiria. O
esporte foi legalizado na Carolina do Sul em 2009. Essa é a segunda
morte de um lutador amador de MMA este ano. Em maio, Dustin Jenson, de
26 anos, morreu em um evento ilegal em Dakota do Sul. Após ter perdido a
luta para Hayden Hensrud, ele sofreu um ataque epilético. Passou por
cirurgia para diminuir o inchaço no cérebro, mas teve morte cerebral
decretada 6 dias após o combate. De acordo com o “MMA Fighting”, um
médico legista informou que Jenson morreu devido a lesões de lutas
anteriores.

Um projeto de lei do deputado federal
José Mentor (PT-SP) propõe a proibição da transmissão de lutas não
olímpicas, entre elas o MMA, em canais de televisão abertos ou fechados.
Para Nabil Ghorayeb, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia e
especialista em medicina do esporte, a proposta é antidemocrática. “É
uma luta extremamente agressiva, que precisa de uma série de cuidados,
mas proibir não resolve”, diz.
O ex-pugilista brasileiro Eder Jofre,
bicampeão mundial de boxe, critica a luta. “O MMA é assassinato, não tem
cabimento um lutador estar quase desacordado e o outro continuar
batendo.”
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