Arquidiocese de São Paulo afirma em nota que eleição do candidato é “ameaça a democracia”
por
Jarbas Aragão
Com a aproximação das eleições municipais em todo o Brasil, a Igreja
Católica fez um duro ataque à campanha de Celso Russomanno, que concorre
em São Paulo. Embora Celso se declare católico, sua ligação com a
Igreja Universal do Reino de Deus, que comanda o PRB, seu partido, tem
se mostrado polêmica.
Russomanno lidera as pesquisas de intenção de voto na capital
paulista, para os católicos a eventual vitória do candidato do PRB
representa uma “ameaça à democracia”. Em uma nota emitida ontem, a
Arquidiocese de São Paulo afirmou que a ligação do candidato com a
igreja neopentecostal é perigosa porque a IURD incitaria a intolerância
religiosa.
“Se já fomentam discórdia, ataques e ofensas sem o poder, o que
esperar se o conquistarem pelo voto? É para pensar”, afirma a nota da
arquidiocese comandada pelo cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo
metropolitano de São Paulo.
O alvo da nota é o bispo da Universal Marcos Pereira, presidente do
PRB e que comanda a campanha de Russomanno. Ele é acusado de disseminar
posições “ridículas, confusas e desrespeitosas” a respeito dos
católicos. Essa afirmação é devido a um texto que Pereira publicou em
maio de 2011 em seu blog pessoal.
Nos últimos dias, o material voltou a circular recentemente nas redes
sociais. Pereira vincula a Igreja Católica à proposta de distribuição
do chamado “kit gay”, idealizado na gestão de Fernando Haddad (PT) no
Ministério da Educação. Na época, o tema gerou críticas pesadas de
segmentos evangélicos e a presidente Dilma Rousseff pediu sua suspensão.
A arquidiocese acredita que o texto de Pereira é fruto de um
“destempero” e que “atribuir o malfadado ‘kit gay’ e os males da
educação no Brasil à Igreja Católica não faz sentido e cheira a
intolerância. Precisamos salvar o Brasil e torná-lo um país
verdadeiramente laico, completamente livre da influência da religião”,
escreveu o arcebispo.
Ao ser inquirido pela imprensa sobre o ocorrido, Pereira disse que o
texto foi escrito em “outro contexto” e que, hoje, é letra morta. “Esse
texto não diz nada sobre o momento atual, e a mim não interessa
ressuscitá-lo”, afirmou.
Leia a íntegra do texto abaixo
“Estamos vivendo a política da catequização da Igreja de Roma e,
por isso, certamente, estamos vivendo os últimos dias. Dias que minha
querida avó jamais imaginou viver. Um tempo em que, por anos a fio, os
“poderosos de púrpura” de Roma têm controlado a educação em nosso País.
Dias de absurdos e depravações. Dias em que filhos e netos chegam
à escola e recebem “kits” distribuídos pelo próprios professores lhes
ensinando como serem gays ou como optarem por serem gays. É este o
programa “educacional” que o Ministério da Educação planeja adotar nas
escolas públicas do nosso Brasil, sem sequer perguntar aos pais se eles
concordam ou apoiam a iniciativa.
Simplesmente nos impõem a ditadura das minorias. Isso mesmo: a ditadura das minorias!
Estamos vivendo dias em que as minorias impõem à sociedade seus
“valores e caprichos”. Não há outra explicação. Obrigar os menores
brasileiros a estudarem um suposto material didático que incentiva a
prática da homossexualidade e entenderem isso como algo normal, é, sem
dúvida, a imposição da ditadura das minorias. Pior que fazem isso com a
ilógica tese da política de conscientização contra a homofobia ou contra
a discriminação das preferências sexuais.
Imagine seu filho ou sua filha chegando da escola e dizendo, com
toda a inocência de uma criança, que decidiu ser homossexual após
assistir a um vídeo na escola? Qual seria a sua reação? Você aceitaria
essa situação com tranquilidade e de forma normal?
Provavelmente não! Certamente que não!
E pior: o mesmo Ministério da Educação que defende os livros e vídeos em defesa do homossexualismo é também o responsável pelos péssimos índices da educação do nosso País. Você sabia que, no ranking mundial de qualidade da educação da ONU, o Brasil ocupa a vergonhosa 88ª posição, atrás de países como Bolívia, Colômbia e Paraguai?
Provavelmente não! Certamente que não!
E pior: o mesmo Ministério da Educação que defende os livros e vídeos em defesa do homossexualismo é também o responsável pelos péssimos índices da educação do nosso País. Você sabia que, no ranking mundial de qualidade da educação da ONU, o Brasil ocupa a vergonhosa 88ª posição, atrás de países como Bolívia, Colômbia e Paraguai?
As autoridades já impuseram a nós, brasileiros, o ensino
religioso nas escolas públicas. A Câmara de Vereadores do Rio de
Janeiro, por exemplo, acabou de votar a criação de 600 cargos para
professores de ensino religioso. As contratações custarão aos cofres
públicos mais de R$ 15 milhões, dinheiro dos impostos que você, eu e
toda a sociedade pagamos rotineiramente.
Agora, tentam nos impor os famigerados “kits gays”.
Agora, tentam nos impor os famigerados “kits gays”.
Até quando o Vaticano terá o controle das ações do governo, seja federal, estadual ou municipal?
Até quando o Brasil do século 21 continuará se curvando às “batinas púrpuras” de Roma?
Precisamos salvar o Brasil e torná-lo um país verdadeiramente laico, completamente livre da influência da religião.
Até quando o Brasil do século 21 continuará se curvando às “batinas púrpuras” de Roma?
Precisamos salvar o Brasil e torná-lo um país verdadeiramente laico, completamente livre da influência da religião.
Marcos Pereira
Advogado, especialista em Direito e Processo Penal pela Universidade Mackenzie,
Presidente Nacional do PRB – Partido Republicano Brasileiro”
Advogado, especialista em Direito e Processo Penal pela Universidade Mackenzie,
Presidente Nacional do PRB – Partido Republicano Brasileiro”
Leia a nota da cúria na integra aqui.
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