O pastor teve o nome incluso na lista de pessoas procuradas pelo Egito e corre riscos
por
Leiliane Roberta Lopes
O vídeo que tem gerado protestos contra os Estados Unidos em diversos
países do Oriente Médio foi divulgado pelo pastor Terry Jones, que já é
desafeto dos muçulmanos por ter queimado exemplares do Corão.
O pastor teria afirmado que mostraria 13 minutos do filme durante o
culto em sua igreja para mostrar um pouco sobre o Islã. “É uma produção
americana, que não pretende atacar os muçulmanos, mas serve para mostrar
a ideologia destrutiva do Islã”, explicou o pastor através de um
comunicado publicado pelo Wall Street Journal.
Preocupado com a atitude do pastor em se pronunciar em um momento tão
delicado para os Estados Unidos, o general Martin Dempsey, chefe do
Estado-Maior dos Estados Unidos, resolveu ligar para Jones pedindo para
que ele retire seu apoio ao filme.
O porta-voz de Dempsey, o coronel Dave Lapan, falou que as
autoridades militares do país estão receosas com o vídeo, pois ele pode
inflamar os sentimentos anti-americanos no Afeganistão onde 74 mil
soldados norte-americanos estão em combate.
“No breve telefonema, o general Dempsey expressou sua preocupação com
a natureza do filme, as tensões que isso vai inflamar e a violência que
vai causar”, falou o coronel à agência Reuters.
O medo dos EUA ficou mais forte depois que o Taliban pediu para que
os afegãos se preparem para um combate contra os americanos para poder
se vingar pelo vídeo que difamou a religião oficial do país.
Os protestos no Egito e na Líbia deixaram vários feridos e alguns
mortos, entre eles o embaixador dos Estados Unidos na Líbia, Chris
Stevens, de 54 anos.
Pastor corre risco
O Egito tomou medidas drásticas em relação ao filme, o pastor Terry
Jones e nove cristãos coptas que moram nos Estados Unidos foram
incluídos na lista de procurados pela Justiça por estarem supostamente
ligados na produção do filme “Inocência dos muçulmanos”.
O diretor identificado como Sam Bacile, um homem de 54 anos de origem
israelense-americana está escondido com medo de represálias.
O filme considerado desrespeitoso mostra o profeta Maomé como filho
ilegítimo e depois tendo relações com uma mulher. As caricaturas feitas
do profeta islâmico revoltaram a população muçulmana.
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