As manifestações contra a entrega do título de cidadão soteropolitano não abateram o pastor assembleiano
por
Leiliane Roberta Lopes
O pastor Silas Malafaia foi procurado pelo jornal A Tarde para comentar as manifestações organizadas pelo Grupo Gay da Bahia que quer impedir a entrega do título de Cidadão Soteropolitano que será concedida pela Câmara Municipal de Salvador.
Em seu depoimento o líder religioso afirma que não tem medo dos
manifestantes e que após as eleições estará indo até a capital baiana
para receber essa homenagem. “Eu não tenho medo deles e vou estar aí
para receber meu título. Estou só esperando as eleições passarem”.
O GGB chegou a cogitar uma manifestação em frente a Câmara no dia da
entrega do título, dizendo que os manifestantes do movimento gay estarão
nus para protestar a entrega de um título tão importante para o pastor
que eles consideram homofóbico.
“Não tenho preconceito contra homossexual, sou contra a prática”, diz
Malafaia. “Você pode ser contra a prática evangélica e não ter
preconceito contra as pessoas evangélicas. A comunidade gay é que é o
grupo social mais intolerante da pós-modernidade. Eles querem ter
direito de xingar e achincalhar, mas qualquer um que fale alguma coisa é
logo tachado de homofóbico. Eu tenho uma opinião contrária e ela não
pode ser cerceada.”
Além do GGB o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) e a Comissão de
Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil também se
manifestaram contrários ao projeto proposto pelo vereador Heber Santana.
Eles acreditam que Malafaia não realizou nenhum serviço relevante para a
cidade de Salvador e que por isso não deve receber a honraria.
Ao justificar seu pedido, que foi aceito pelos demais vereadores da
casa, Santana diz que “o pastor Silas tem sido porta-voz de um modelo de
sociedade que respeita a família e a vida” citando o evento Vida
Vitoriosa para Você que evangelizou milhares de pessoas na capital
baiana.
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