O número de inscritos para serem missionários “explodiu”, crescendo 471%.
por
Jarbas Aragão
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (SUD),
mais conhecida como Igreja Mórmon, deseja se tornar nos próximos 100
anos a maior denominação cristã do mundo e a segunda maior religião em
número de adeptos, perdendo apenas para o Islã.
O chamado “momento mórmon” está se consolidando nos Estados Unidos,
onde a igreja nasceu, muito por causa da possibilidade de terem como
presidente Mitt Romney, um mórmon. Mas também devido às mudanças em suas
regras nos últimos tempos.
Mark Koltko-Rivera, um cientista social premiado, faz essa análise em
seu livro mais recente, The Rise of the Mormons: Latter-day Saint
Growth in the 21st Century [O surgimento dos mórmons: o crescimento dos
santos dos últimos dias no século 21].
Ao contrário do que sempre se acreditou, Koltko-Rivera relata que
mais de 90% do crescimento Mórmon é resultado dos batismos de novos
convertidos e não os batismos de crianças criadas na fé de seus pais.
O tipo de trabalho missionário dos Mórmons é um dos maiores
responsáveis pelo crescimento da igreja. Koltko-Rivera afirma que a
curva de crescimento da igreja mórmon diminuiu depois de 1990, quando a
igreja enviou esforços missionários para muitas áreas novas, onde o
trabalho missionário era mais difícil, como as nações do antigo bloco
soviético, e outros países da Ásia e África. No entanto, vários destes
países agora mostram um enorme crescimento dos SUD. Em especial a
Rússia, que viu um aumento de 83% no número de adeptos entre o final de
1999 e 2009.
Segundo seus cálculos e considerando a atual taxa de crescimento, os
SUD vão chegar a mais de 2,6 bilhão de membros em todo o mundo no ano
2120. A igreja mórmon pode se tornar a maior igreja dos EUA em 2106.
Os fatores que contribuem para esse crescimento é sua atitude
positiva em relação à ciência, a sua doutrina que prega o potencial da
humanidade e seus ensinamentos sobre uma pluralidade de mundos habitados
em nosso universo.
Apenas duas semanas atrás, o limite de idade para os homens jovens
serem enviados em missões de tempo integral foi reduzido de 19 para 18,
enquanto o limite para as mulheres jovens que era de 21 agora é 19.
Como resultado, o número de pessoas se oferecendo para dedicar seu
tempo em outros lugares subiu de uma média de 700 por semana para chegar
agora aos 4.000. O número de inscritos para serem missionários
“explodiu”, crescendo 471% – e mais da metade deles são mulheres. Esse
crescente movimento pode resultar em quase meio milhão de pessoas se
convertendo ao mormonismo a cada ano
Atualmente, a Igreja dos Santos dos Últimos Dias tem mais de 58.000
missionários ao redor do mundo, mas as mulheres totalizam menos de um
quinto.
No ano passado, a igreja relatou que 281.312 pessoas haviam sido
convertidos à sua fé. Uma média de cerca de cinco batismos para cada
missionário.
As autoridades acreditam que as mudanças no limite de idade podem resultar em mais de 22.500 novos missionários no primeiro ano.
Se a taxa de cinco batismos por missionário se mantiver, isso
significaria mais de 112.500 convertidos por ano. Mas se o número de
missionários atingir a marca de 80.000, isso significaria cerca de
400.000 totais convertidos um ano.
O apóstolo dos SUD, Jeffrey R. Holland, afirma ter previsto que a
mudança nos limite de idade provocaria um aumento de busca: “O Senhor
está acelerando esse trabalho e ele precisa de mais missionários
dispostos”.
Embora historicamente seja considerada uma seita não cristã, pois embora use a Bíblia dá mais valor ao chamado Livro de Mórmon, e nega que Jesus seja a encarnação de Deus Pai.
Traduzido de Daily Mail e Charisma News
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