Líderes de quatro religiões mostraram suas opiniões a respeito dos transexuais e dos homossexuais.
por
Leiliane Roberta Lopes
Durante o programa Amor Sexo da última quinta-feira (4) quatro
líderes religiosos representantes de religiões diferentes participaram
do quadro “Vai ter que rebolar” onde um artista precisa decidir algumas
atitudes que teria se fosse homossexual, travesti, bissexual,
intersexual e outros enquanto os religiosos falam sobre como enxergam
cada um desses fatos.
O artista convidado do programa foi o ator Alexandre Borges, que
precisou se enxergar na condição de travesti que busca por oportunidade
de empregos e em seguida como homossexual que precisa explicar ao filho
porque ele tem dois pais e não um pai e uma mãe como seus amigos de
escola.
Os religiosos que comentaram os temas foram o reverendo Marco Amaral,
o padre Juarez de Castro, o babalorixá Ivanir dos Santos e o Lama
Rinchen.
Sobre a dificuldade de encontrar oportunidades de trabalho para
travestis e transexuais o padre Juarez e o reverendo Marco concordaram
que mesmo com o preconceito a prostituição não deve ser a única forma de
um travesti conseguir sobreviver.
Já o babalorixá defendeu que a prostituição não deve ser discriminada
pelas religiões, por que Deus não faz acepção de pessoas e citou que o
candomblé é a única religião que sempre acolheu os homossexuais.
“Nem toda a religião tem o mesmo ponto de vista. A única religião
secularmente deste país que sempre aceitou os homossexuais foi o
candomblé”, disse ele lembrando que na sua religião eles podem até mesmo
serem sacerdotes.
O segundo assunto a ser interpretado pelo ator foi sobre a família
formada por dois homens e a polêmica envolvendo a educação das crianças.
O ator em sua posição se imaginou dizendo para a criança que aquela era
a sua realidade e que o casal, no caso os dois pais, tinham muito amor
por ele.
Já os religiosos falaram sobre o preconceito imposto pela sociedade e
que esta não aceitação das famílias formadas por pessoas do mesmo sexo é
um grande problema.
Ao falar sobre este assunto o reverendo Marco Amaral, que
representava os evangélicos, mostrou sua posição sobre como o que a
igreja entende por família. “A igreja não tem que pedir desculpas por
ter seu dogmas. A igreja acredita na construção da família de um homem
com uma mulher e de uma mulher com um homem”, disse.
Mas ele sabe que a realidade da sociedade moderna está mudando e por
esse motivo entende que a igreja não pode se fechar diante dessa nova
situação e que precisa aceitar no sentindo de conviver com essas
famílias.
“Uma coisa é a nossa visão confessional e outra coisa é a nossa visão existencial (…) não podemos demonizar pessoas”.
Fonte: Gospelprime.com
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