A justiça vai analisar o pedido de diminuição de pena das três garotas acusadas de vandalismo
por
Leiliane Roberta Lopes
Nesta segunda-feira (1) a justiça russa estará decidindo sobre a pena
das três integrantes do grupo punk “Pussy Riot” presas por entraram na
Igreja Ortodoxa Russa cantando uma música contra o governo.
No domingo a Igreja Ortodoxa Russa pediu clemência às integrantes da
banda se eles expressarem arrependimento pelo o ocorrido. “A igreja
sinceramente deseja o arrependimento daquelas que profanaram um local
santo, certamente como benefício para suas almas”, disse o porta-voz
Vladimir Legoida.
No dia 17 de agosto Nadezhda Tolokonnikova, de 22 anos, Maria
Alyokhina, 24, e Yekaterina Samutsevich, 30, foram condenadas a dois
anos de prisão pela corte distrital de Moscou sob o crime de “vandalismo
motivado por ódio religioso”.
“Se quaisquer palavras das condenadas indicar arrependimento…
desejamos que isso não passe despercebido e que aquelas que violaram a
lei ganhem uma chance de consertar seus caminhos”, continua o
representante da Igreja.
Mas para o advogado da banda, Mark Feigin, mostrar arrependimento
está fora de cogitação, pois isso faria com que suas clientes admitissem
culpa pelo que fizeram dentro da mais importante igreja do país.
“Se eles (Igreja) esperam um arrependimento no sentido de crime, isso
definitivamente não acontecerá. Nossas clientes não admitirão culpa. Um
pedido desses é fora de propósito”, disse.
Para Stanislav Samutsevich, pai de uma das mulheres presas, o pedido
de clemência vindo da Igreja Ortodoxa Russa é apenas uma jogada de
relações públicas. “O fato de a Igreja estar pedindo isso não é nada
além do que uma jogada de relações públicas para manter sua reputação
aos olhos do público, já que a Igreja diz ser separada do Estado.”
O protesto da banda punk foi motivado pelas declarações do patriarca
ortodoxo russo, Kirill, que pedia votos para Vladimir Putin, presidente
da Russa há mais de 12 anos, o que gerou revolta no grupo e em toda a
oposição.
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