Evento teve “oração caveira” e acabou em goleada
por
Jarbas Aragão
Na tarde do último domingo ocorreu em Santos uma partida de futebol
diferente. O time sub-20 do Santos enfrentou nada menos que o time do
Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio de
Janeiro), famoso pelo emblema da faca na caveira.
Já no vestiário podia-se ouvir uma oração diferente: “procuramos
defender os indefesos e libertar os escravizados”. De um lado, o Santos
vestindo seu tradicional uniforme branco. Do outro, o adversário vestido
de preto, com o distintivo da faca na caveira.
A partida beneficente foi organizada pelo grupo de policiais
evangélicos “PMs de Cristo”. A entrada era um quilo de alimento não
perecível. Os alimentos arrecadados foram divididos entre o Santos FC e
os PMs de Cristo de São Paulo, e distribuídos às entidades beneficiadas
por cada instituição.
Tratou-se da primeira exibição do Bope contra um clube. O time viajou
durante oito horas do Rio de Janeiro até Santos em um carro com apenas
12 jogadores, um reserva.
Seu técnico é Pepinho, filho do ex-ponta Pepe. “Pode errar, mas não
pode brincar, tem que ter seriedade. O Bope não veio aqui para brincar e
temos que respeitá-los”, disse o treinador. O placar final na partida
realizada no CT Rei Pelé foi 7 a 1.
O jogo foi calmo e marcado por pedidos para diminuição de ritmo. “O
Mathias aqui não para. Vai devagar, Mathias”, pedia um dos zagueiros do
time do Bope, comparando um atacante santista a André Mathias,
personagem de André Ramiro nos filmes.
As conversas, claro, teve parte dos bordões eternizados pelo Capitão Nascimento, personagem central dos filmes Tropa de Elite.
“Missão dada é missão cumprida”, lembrou o sargento Marcos Campello,
que serviu de auxiliar técnico na partida. Ele confessa: “(nos jogos) as pessoas falam algumas coisas para brincar, descontrair, já chegamos a ouvir o ‘pede para sair’ e o ‘nunca serão’”.
Com informações Terra
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